terça-feira, agosto 26, 2025
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O que é um vício e como identificá-lo segundo Marc Lewis e seu best-seller “The Biology of Desire”

O que é um vício e como identificá-lo, segundo Marc Lewis em seu Best-Seller "The Biology of Desire”

Como a neurociência revoluciona a compreensão dos vícios?

Saber o que é um vício e como identificá-lo, é o primeiro passo para tratá-lo. Por décadas, instituições médicas e de saúde pública, como a American Medical Association e a Organização Mundial da Saúde (OMS), classificaram o vício como uma doença crônica e progressiva do cérebro, comparável ao diabetes ou à hipertensão. Essa definição se baseava em estudos que mostravam alterações nos circuitos de recompensa, controle e memória dos dependentes.

No entanto, essa abordagem tem limitações:

  • Faz parecer que o indivíduo está preso para sempre, dependente de medicamentos ou internações.
  • Reforça o estigma social, tratando o viciado como “quebrado” ou “incurável”.
  • Minimiza o poder das mudanças comportamentais e ambientais na recuperação.

É nesse contexto que Marc Lewis, PhD — neurocientista e ex-viciado — traz uma visão diferente: o vício não é uma doença, mas um processo natural de aprendizado e adaptação do cérebro, que pode ser revertido.

Quem é Marc Lewis e o que os vícios revelam sobre nossa sociedade atual

Marc Lewis, PhD, é um renomado neurocientista canadense, professor e autor especializado em estudos sobre vícios. Ele também fala com autoridade singular sobre o tema porque, antes de se tornar cientista, viveu anos de dependência de drogas pesadas, o que o levou a investigar profundamente como o cérebro cria, mantém e supera comportamentos compulsivos.

Em seu livro mais conhecido, “The Biology of Desire: Why Addiction Is Not a Disease”, Lewis desafia a ideia de que o vício é uma doença irreversível, argumentando que ele é, na verdade, um processo de aprendizado e adaptação cerebral — algo que pode ser transformado por meio de novas experiências, hábitos e propósito.

Nos dias de hoje, o vício deixou de ser visto apenas como dependência química (álcool, drogas ilícitas ou medicamentos controlados) e passou a incluir uma gama crescente de comportamentos compulsivos que afetam milhões de pessoas em todas as idades e classes sociais:

  • Dependência emocional, marcada por relacionamentos tóxicos ou carências profundas.
  • Vício em telas, como uso excessivo de redes sociais, jogos eletrônicos e consumo compulsivo de vídeos, o que inclui conteúdo pornografico.
  • Apostas online e jogos de azar, que têm atraído jovens e adultos para ciclos de dívida e ansiedade.
  • Além, é claro, das drogas lícitas e ilícitas, que continuam sendo um dos problemas mais graves de saúde pública.

Essa nova realidade está contribuindo para um aumento alarmante de ansiedade, depressão e isolamento social, impactando adolescentes, jovens adultos e até mesmo em crianças e idosos. Mais do que nunca, torna-se essencial compreender como o cérebro forma esses padrões e como podemos reverter essa espiral.

Afinal o que é um vício, e o que Marc Lewis defende em “The Biology of Desire”

No livro, Lewis apresenta uma tese ousada e fundamentada em pesquisas neurocientíficas:

  1. O vício é um hábito reforçado, não uma anomalia cerebral permanente.
    O cérebro aprende a associar substâncias (ou comportamentos) com alívio e prazer, fortalecendo conexões neurais.
  2. As mudanças cerebrais vistas em viciados refletem aprendizado, não degeneração.
    As mesmas áreas que se modificam no vício — como o sistema dopaminérgico e o córtex pré-frontal — também mudam em outros processos de aprendizado e motivação.
  3. Recuperação é possível através de neuroplasticidade.
    Assim como o vício cria circuitos fortes, novos hábitos e experiências podem criar redes alternativas, reduzindo a compulsão.
  4. O estigma e a rotulação como “doente” prejudicam mais do que ajudam.
    Tratar o vício como aprendizado devolve o senso de agência e empodera a pessoa a mudar.

O que a neurociência revela sobre os vícios

O vício é alimentado por três mecanismos principais no cérebro:

1. O papel da dopamina no desejo e na compulsão

Diferente do que muitos pensam, a dopamina não é apenas a “molécula do prazer”.
Segundo Lewis, ela codifica o desejo, a motivação e a antecipação de recompensa, levando o indivíduo a buscar a substância mesmo quando ela já não gera prazer.

Essa busca contínua cria uma sensação de urgência, conhecida como “craving” (fissura).

2. A neuroplasticidade que reforça o hábito

Quando uma pessoa repete o uso de drogas ou práticas viciantes (como jogo ou pornografia), o cérebro:

  • Fortalece sinapses no sistema de recompensa (núcleo accumbens e amígdala).
  • Enfraquece conexões com o córtex pré-frontal, diminuindo o autocontrole.
  • Torna os gatilhos ambientais (lugares, emoções) quase irresistíveis.

Essas mudanças são comparáveis ao aprendizado de tocar um instrumento ou praticar um esporte. Quanto mais se repete, mais automático se torna.

3. Por que o cérebro “aprende” o vício tão rápido?

Porque o vício envolve reforço imediato e intenso, algo que evolutivamente o cérebro interpreta como essencial para sobrevivência. A dopamina age como um sinalizador que diz: “Isso é importante, repita!”

Estudos de caso apresentados por Marc Lewis

O livro apresenta histórias reais que ilustram como diferentes pessoas desenvolvem e superam vícios, mostrando que:

  • Cada vício tem uma origem emocional única — trauma, solidão, ansiedade ou busca por excitação.
  • A mudança começa quando a pessoa encontra novas fontes de propósito e conexão, substituindo gradualmente os padrões viciantes.
  • A recuperação não depende exclusivamente de clínicas ou medicamentos, mas de reconstrução de sentido e redes de apoio.

Por exemplo, Lewis relata casos de:

pessoas que superaram dependência de heroína, álcool e jogo ao mudar de ambiente, adotar práticas como meditação e construir relacionamentos saudáveis

Por que essa visão é revolucionária para o tratamento?

  1. Empodera o indivíduo.
    Em vez de ser tratado como “doente incurável”, a pessoa entende que pode treinar o cérebro para novos caminhos.
  2. Promove terapias mais eficazes.
    Em vez de focar apenas em abstinência e medicação, utiliza-se terapia cognitivo-comportamental, mindfulness e reconstrução social.
  3. Reduz recaídas.
    Quando o foco é criar novos hábitos duradouros, e não apenas “parar de usar”, a recuperação se torna mais sólida.

Estratégias práticas para lidar com vícios segundo a neurociência

  1. Evitar gatilhos ambientais e emocionais.
    O cérebro associa lugares, pessoas e situações ao uso. Reconhecê-los e evitá-los é essencial no início.
  2. Praticar mindfulness (atenção plena).
    Estudos mostram que meditação ajuda a reduzir o craving ao fortalecer o córtex pré-frontal.
  3. Substituir prazeres imediatos por prazeres construtivos.
    Esporte, música, voluntariado e hobbies criam novas vias dopaminérgicas saudáveis.
  4. Buscar conexão social.
    A solidão é combustível para o vício. Grupos de apoio e amizades fortalecem a recuperação.
  5. Reprogramar a narrativa interna.
    Ver-se como alguém em aprendizado, e não “doente”, aumenta a motivação.

O que a ciência diz sobre a reversão dessas mudanças cerebrais?

Pesquisas com neuroimagem mostram que:

  • Após 12 a 18 meses de abstinência e novos hábitos, muitas alterações cerebrais associadas ao vício começam a regredir.
  • O córtex pré-frontal recupera parte do controle.
  • O sistema dopaminérgico volta a responder a recompensas naturais (como exercício e interações sociais).

Isso reforça o argumento de Lewis: o vício é reversível porque o cérebro continua plástico ao longo da vida.

      Perguntas Frequentes

1. Vício não é uma doença, então não há predisposição genética?

Há fatores genéticos que aumentam vulnerabilidade, mas isso não significa que o vício seja uma doença inevitável. É um padrão que pode ser evitado ou revertido.

2. Essa visão significa que clínicas e medicamentos não são necessários?

Não. Em alguns casos, tratamentos médicos e internações são importantes, mas não são a única solução.

3. Essa abordagem serve para todos os tipos de vício (drogas, álcool, jogos)?

Sim, pois todos envolvem os mesmos circuitos cerebrais de recompensa e aprendizado.

4. Quanto tempo leva para o cérebro “desaprender” um vício?

Depende, mas estudos mostram que mudanças significativas ocorrem em meses a anos, com esforço e apoio contínuo.

5. Mindfulness e psicoterapia funcionam mesmo?

Sim. Pesquisas indicam que práticas como meditação reduzem craving e terapias cognitivas reestruturam padrões mentais ligados ao vício.

6. O que é um vício e como identificá-lo?

Um vício é um padrão de comportamento repetitivo e compulsivo que persiste apesar das consequências negativas, e pode ser identificado pela perda de controle, desejo intenso e persistente, e priorização da substância ou atividade viciante sobre outras áreas da vida.

Conclusão: uma nova forma de ver o vício

O trabalho de Marc Lewis e a neurociência moderna nos convidam a abandonar a visão fatalista do vício como doença incurável e adotar uma perspectiva mais humana e baseada em evidências: o vício é um padrão de aprendizado, poderoso, mas reversível.

Com neuroplasticidade, apoio social e estratégias comportamentais, é possível transformar a relação com a dopamina, recuperar o controle e construir uma vida significativa longe da compulsão.


Reflexão do Portal Última Trincheira

Renovação da mente e neurociência: Como a Palavra de Deus e a meditação cristã transformam a vida

Vícios, ansiedade e o desejo de uma vida transformada

Vivemos em uma era marcada por ansiedade, compulsividade e vícios — sejam eles ligados a substâncias, hábitos digitais ou padrões emocionais nocivos. A neurociência, como revela Marc Lewis em “The Biology of Desire”, demonstra que o vício não é uma condenação, mas um padrão de aprendizado do cérebro, moldado pela neuroplasticidade.

Por outro lado, a Bíblia nos oferece um caminho ainda mais profundo de transformação: a renovação da mente pela Palavra de Deus, que não apenas quebra padrões destrutivos, mas conduz à paz que “excede todo entendimento” (Filipenses 4:7).

Quando unimos os insights da ciência e a verdade eterna das Escrituras, encontramos um caminho poderoso para cura emocional, libertação e construção de um novo estilo de vida com propósito e significado.

A neurociência e a Palavra de Deus: O ponto de conexão

A ciência já comprovou que o cérebro pode ser remodelado. A neuroplasticidade permite que novas sinapses sejam criadas e caminhos antigos, ligados ao vício e à ansiedade, sejam enfraquecidos.

Curiosamente, essa ideia ecoa diretamente nas Escrituras, especialmente em Romanos 12:2:

“Não se conformem com o padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Quando meditamos na Palavra, declaramos promessas e buscamos intimidade com Deus, não apenas nutrimos a alma, mas literalmente reconfiguramos nosso cérebro, fortalecendo áreas ligadas à paz, autocontrole e propósito.

Como a meditação cristã reduz ansiedade e compulsividade

A meditação bíblica difere da meditação secular:
Não busca esvaziar a mente, mas preenchê-la com a verdade de Deus, trazendo foco e confiança.

Práticas como oração contemplativa, leitura devocional e repetição de versículos (lectio divina) têm efeitos profundos:

  1. Reduzem a atividade da amígdala cerebral (responsável por respostas de medo e estresse), diminuindo a ansiedade.
  2. Ativam o córtex pré-frontal, fortalecendo o autocontrole e clareza mental.
  3. Aumentam níveis de dopamina e serotonina, promovendo bem-estar.
  4. Criam novas conexões sinápticas, substituindo pensamentos destrutivos por padrões saudáveis.

Pesquisas da Universidade de Harvard e estudos sobre mindfulness, o que também inclui a meditação cristã, mostram que 20 minutos diários de meditação guiada, podem gerar mudanças mensuráveis na estrutura cerebral em poucas semanas.

A paz de Deus que excede todo entendimento

O que e um vicio e como identifica lo segundo Marc Lewis em seu Best Seller The Biology of Desire

Filipenses 4:6-7 nos oferece um mapa para lidar com a ansiedade:

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.
E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.”

Essa paz não depende das circunstâncias, mas é fruto de uma mente renovada e treinada para confiar em Deus.
Quando a ansiedade diminui, os circuitos cerebrais relacionados ao estresse são enfraquecidos, enquanto novas conexões ligadas à gratidão e confiança se fortalecem.

Criando novas sinapses neurais com a Palavra de Deus

A neurociência confirma que pensamentos repetitivos moldam o cérebro.
Se vivemos presos a memórias de medo, traumas ou compulsões, fortalecemos essas redes. Mas quando escolhemos meditar nas promessas de Deus diariamente, criamos novos caminhos.

Alguns versículos que podem ser usados para “reprogramar” a mente:

  • 2 Timóteo 1:7: “Deus não nos deu espírito de medo, mas de poder, amor e equilíbrio.”
    Ajuda a combater ansiedade e fortalecer autocontrole.
  • Isaías 26:3: “Tu conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em Ti confia.”
    Reforça a confiança e acalma o sistema nervoso.
  • Filipenses 4:13: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.”
    Cria uma mentalidade de resiliência e propósito.

Repetir e visualizar essas verdades ativa circuitos neurais ligados à fé e esperança, reduzindo o impacto de memórias negativas.

Passo a passo: Como a meditação cristã pode transformar sua vida

1. Escolha um momento diário para silenciar e focar em Deus

Reserve 10 a 20 minutos para se desconectar e focar em um versículo ou promessa.

2. Use a respiração como âncora

Respirar profundamente, enquanto repete mentalmente versículos com “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará (Salmo 23), ajuda a reduzir a ansiedade fisiológica.

3. Visualize a verdade bíblica

Imagine-se vivendo a promessa — curado, em paz, livre. Essa prática reforça as sinapses da fé.

4. Substitua pensamentos automáticos negativos

Quando um padrão de medo ou compulsão surgir, declare a Palavra em voz alta, criando uma resposta neural diferente.

5. Conecte-se com outros em fé

Estudos mostram que comunidade e apoio espiritual aceleram mudanças cerebrais e emocionais, reduzindo recaídas em vícios.

Como isso constrói um novo estilo de vida com propósito

Quando a mente é renovada:

  • Os níveis de estresse diminuem, reduzindo risco de recaídas em vícios.
  • O senso de propósito aumenta, pois passamos a enxergar nossa vida como parte de algo maior.
  • A dopamina natural é restaurada, fazendo com que atividades saudáveis (servir, trabalhar, adorar) voltem a gerar satisfação.
  • Surge uma vida mais leve, feliz e significativa, porque não buscamos apenas prazeres imediatos, mas uma conexão com Deus e com os outros.

         Questões para fixação

1. Meditar na Bíblia realmente muda o cérebro?
Sim. Estudos de neurociência mostram que a repetição de verdades e orações fortalece circuitos ligados à paz e autocontrole.

2. Isso substitui tratamento médico ou psicológico?
Não, mas pode ser um complemento poderoso para reduzir ansiedade, fortalecer resiliência e ajudar na recuperação de vícios.

3. Qual a diferença entre meditação cristã e mindfulness?
A meditação cristã foca em Deus, Sua Palavra e promessas, promovendo intimidade com Ele, enquanto o mindfulness secular busca apenas foco e relaxamento.

4. Em quanto tempo posso ver resultados?
Praticando diariamente, muitas pessoas percebem redução de ansiedade e maior clareza mental em poucas semanas.

5. Isso pode ajudar a prevenir recaídas em vícios?
Sim, porque reduz o estresse, cria novos padrões neurais e fortalece a mente contra gatilhos.

6. Quais versículos são ideais para começar?
Romanos 12:2, Filipenses 4:6-8 e Isaías 26:3 são ótimos pontos de partida.

7.  como a espiritualidade cristã pode te ajudar a superar vícios? A espiritualidade cristã pode te ajudar a superar vícios ao oferecer um relacionamento transformador com Deus, que capacita o indivíduo com força interior, propósito e uma comunidade de apoio para resistir às compulsões e buscar uma nova vida em Cristo.

Conclusão: um caminho de transformação profunda

A combinação entre o que a neurociência revela e o que a Palavra de Deus ensina aponta para uma verdade poderosa: não estamos presos ao passado, nem aos vícios ou à ansiedade.
Nosso cérebro pode ser renovado, e nossa mente pode ser transformada pelo poder de Deus.

Por meio da meditação cristã, oração e prática diária da Palavra, é possível criar novas conexões cerebrais, experimentar a paz que excede todo entendimento e construir uma vida mais leve, feliz e com verdadeiro propósito.

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Marc Lewis, neurocientista e ex-viciado, desafia a classificação tradicional do vício como uma doença crônica e irreversível. Em seu livro “The Biology of Desire: Why Addiction Is Not a Disease”, ele argumenta que o vício é, na verdade, um processo natural de aprendizado e adaptação do cérebro. Para Lewis, as alterações cerebrais observadas em indivíduos viciados não representam degeneração, mas sim o fortalecimento de conexões neurais através da repetição de comportamentos que o cérebro associou a alívio ou prazer. Essa perspectiva revolucionária sugere que, assim como o vício é aprendido, ele também pode ser “desaprendido” e revertido através da neuroplasticidade.

A neurociência, segundo Marc Lewis, revela que o vício é alimentado por três mecanismos cerebrais principais:

  • O papel da dopamina: Contrário à crença popular de que a dopamina é apenas a “molécula do prazer”, Lewis explica que ela codifica o desejo, a motivação e a antecipação da recompensa. Isso leva o indivíduo a buscar a substância ou comportamento viciante mesmo quando não há mais prazer, gerando a “fissura” ou craving.
  • Neuroplasticidade e reforço do hábito: A repetição do uso de drogas ou de práticas viciantes (como jogos ou pornografia) fortalece as sinapses no sistema de recompensa (núcleo accumbens e amígdala) e, ao mesmo tempo, enfraquece as conexões com o córtex pré-frontal, diminuindo o autocontrole. Isso torna os gatilhos ambientais e emocionais quase irresistíveis.
  • Aprendizado rápido: O cérebro aprende o vício rapidamente porque ele envolve reforço imediato e intenso, interpretado como essencial para a sobrevivência. A dopamina atua como um sinalizador que indica: “Isso é importante, repita!”.

A visão de Marc Lewis é revolucionária para o tratamento do vício por várias razões:

  • Empoderamento do indivíduo: Em vez de ser rotulado como “doente incurável”, a pessoa entende que pode “treinar” o cérebro para novos caminhos, recuperando o senso de agência e empoderamento.
  • Promoção de terapias mais eficazes: O foco se expande para além da abstinência e medicação, priorizando abordagens como a terapia cognitivo-comportamental, mindfulness e a reconstrução social, que visam criar novos hábitos duradouros.
  • Redução de recaídas: Ao enfatizar a criação de novos padrões de comportamento e redes neurais, e não apenas a interrupção do uso, a recuperação se torna mais sólida e menos propensa a recaídas. Essa abordagem integra o indivíduo em um processo ativo de transformação.

A neurociência sugere diversas estratégias práticas para lidar com vícios, que se concentram na remodelação do cérebro e na criação de novos hábitos:

  • Evitar gatilhos: Reconhecer e evitar lugares, pessoas e situações que o cérebro associa ao uso é crucial no início do processo.
  • Praticar mindfulness (atenção plena): A meditação fortalece o córtex pré-frontal, ajudando a reduzir o craving e aumentar o autocontrole.
  • Substituir prazeres imediatos por construtivos: Engajar-se em esportes, música, voluntariado ou hobbies saudáveis cria novas vias dopaminérgicas.
  • Buscar conexão social: A solidão é um combustível para o vício; grupos de apoio e amizades fortalecem a recuperação.
  • Reprogramar a narrativa interna: Ver-se como alguém em processo de aprendizado, e não como “doente”, aumenta a motivação para a mudança.

Sim, a ciência indica que as mudanças cerebrais associadas ao vício são reversíveis. Pesquisas com neuroimagem demonstram que, após 12 a 18 meses de abstinência e a adoção de novos hábitos, muitas dessas alterações cerebrais começam a regredir. O córtex pré-frontal recupera parte de seu controle, e o sistema dopaminérgico volta a responder a recompensas naturais, como exercício e interações sociais. Isso reforça a tese de Lewis de que o cérebro mantém sua plasticidade ao longo da vida, permitindo que o vício seja desaprendido. O tempo exato para o “desaprendizado” varia, mas estudos mostram que mudanças significativas podem ocorrer em meses a anos, dependendo do esforço e apoio contínuo.

pode auxiliar na superação de vícios e ansiedade?

A espiritualidade cristã oferece um caminho profundo de transformação, complementando os insights da neurociência. A Bíblia, em Romanos 12:2, fala sobre a “renovação da mente”, uma ideia que ecoa o conceito de neuroplasticidade. A meditação cristã, que difere da secular por focar em preencher a mente com a verdade de Deus e Suas promessas, pode:

  • Reduzir a atividade da amígdala cerebral (centro do medo e estresse), diminuindo a ansiedade.
  • Ativar o córtex pré-frontal, fortalecendo o autocontrole e a clareza mental.
  • Aumentar os níveis de dopamina e serotonina, promovendo bem-estar.
  • Criar novas conexões sinápticas, substituindo pensamentos destrutivos por padrões saudáveis.

A fé e a confiança em Deus, aliadas à comunidade e ao apoio espiritual, capacitam o indivíduo a resistir às compulsões e buscar uma nova vida com propósito, reforçando os benefícios da neuroplasticidade.

A “reprogramação” da mente através da meditação cristã e da repetição de versículos bíblicos é fundamentada na neurociência, que confirma que pensamentos repetitivos moldam o cérebro. Ao meditar em promessas de Deus, novas conexões neurais são criadas, e caminhos antigos de medo e compulsão são enfraquecidos. Alguns versículos sugeridos para essa prática incluem:

  • 2 Timóteo 1:7: “Deus não nos deu espírito de medo, mas de poder, amor e equilíbrio.” Ajuda a combater a ansiedade e fortalecer o autocontrole.
  • Isaías 26:3: “Tu conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em Ti confia.” Reforça a confiança e acalma o sistema nervoso.
  • Filipenses 4:13: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Cria uma mentalidade de resiliência e propósito.

A repetição e visualização dessas verdades ativam circuitos neurais ligados à fé e esperança, diminuindo o impacto de memórias negativas e fortalecendo a mente contra gatilhos de vício.

Não. A meditação cristã e a espiritualidade não substituem o tratamento médico ou psicológico para vícios e ansiedade, mas podem ser um complemento poderoso. Em muitos casos, tratamentos médicos e internações são essenciais, especialmente em fases iniciais ou casos severos de dependência. A abordagem científica e a espiritualidade oferecem ferramentas complementares que atuam em diferentes dimensões do ser humano. Enquanto a ciência oferece insights sobre os mecanismos cerebrais e estratégias comportamentais, a espiritualidade cristã proporciona um relacionamento transformador com Deus, força interior, propósito e uma comunidade de apoio. A combinação dessas abordagens pode fortalecer a resiliência, reduzir a ansiedade e auxiliar significativamente na recuperação de vícios.

Para Marc Lewis, um vício não é uma doença, mas sim um padrão de aprendizado intensamente reforçado e automático, impulsionado por um desejo profundo e muitas vezes inconsciente de aliviar o sofrimento ou buscar prazer intenso. Ele é caracterizado pela repetição compulsiva de um comportamento ou consumo de uma substância, mesmo diante de consequências negativas significativas, porque o cérebro aprendeu a associar essa ação a uma recompensa poderosa (seja ela alívio da dor, prazer ou distração). A identificação, segundo Lewis, reside em observar essa busca incessante e a dificuldade em interromper o ciclo, apesar dos prejuízos evidentes em diversas áreas da vida do indivíduo, como relacionamentos, trabalho e saúde, evidenciando que o controle foi gradualmente cedido a esse hábito dominante.

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O que é um vício e como identificá-lo segundo Marc Lewis

The Biology of Desire: Why Addiction Is Not a Disease (English Edition)

Um renomado neurocientista apresenta uma narrativa “pouco ortodoxa, mas esclarecedora” (Wall Street Journal)  “A Biologia do Desejo” é uma leitura esclarecedora e otimista para qualquer pessoa que tenha lutado contra o vício, seja pessoal ou profissionalmente.

Sobre Marc Lawis

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Sandro Jales
Sandro Jaleshttps://www.ultimatrincheira.com/
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